terça-feira, 31 de maio de 2016

Precisamos falar sobre o Transtorno do Espectro Autista

   

     Desde 2013, o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) trouxe uma nova classificação dentro de Transtornos do Neurodesenvolvimento: o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso significa que o quadro engloba Autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, Transtornos do desenvolvimento e Transtorno Desintegrativo da Infância. Na prática, tal mudança ampliou as possibilidades diagnósticas. Entretanto, no Brasil, isto tem confundido muitos profissionais e familiares.
     Para se ter uma ideia, enquanto há crianças brasileiras de 04/05 anos de idade sem diagnóstico, os bebês americanos de 09/10 meses que apresentam qualquer suspeita ou atraso nas fases do desenvolvimento neuropsicomotor e linguístico já estão inseridos em terapias de estimulação. E, claro, se necessário, em seguida são assistidos por equipe multidisciplinar composta por psicólogo comportamental, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e médico neuropediatra ou psiquiatra.
     Apesar de todas as limitações de interação social que o TEA impõe, quanto mais e melhor incluída a criança estiver, melhores serão os ganhos para ela e para os colegas. No Brasil, a lei (nº 12.7764, criada em 2012) estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos de Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, o que garante a obrigatoriedade da matrícula em escola regular, a acomodação do ambiente e do currículo escolar, a elaboração de programas de ensino individualizado e o oferecimento de profissionais de apoio para os alunos. Além da boa vontade e da disposição das professoras, os pais devem cobrar da Instituição de ensino um trabalho que envolva o acesso da equipe clínica à escola, o treinamento da equipe pedagógica e a orientação aos colegas (e seus familiares) para que as crianças com Transtorno de Espectro Autista possam ter ganhos reais de tal inclusão.
    O Ministério da Saúde disponibilizou o documento: Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa comTranstornos do Espectro do Autismo (TEA), que é resultado da conjunção de esforços da sociedade civil e do governo, onde um grupo de pesquisadores e especialistas de várias entidades elaborou o material, oferecendo orientações relativas ao cuidado à saúde das pessoas com TEA no campo da habilitação/reabilitação na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.

“O autismo não se cura, se compreende.” Autismo Ávila


terça-feira, 24 de maio de 2016

Cine Fórum - ''O Começo da Vida"

       Com a iniciativa do programa de estimulação do Centro de Reabilitação Ana Maria Philipi (CENER), a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) proporcionará, aberta e gratuitamente, a exibição do filme “O começo da vida” seguido de debate com profissionais da área materno infantil.
       Para Geovana Régis, Fisioterapeuta do programa de estimulação essencial do CENER e organizadora deste cine fórum “é urgente que a sociedade como um todo se atente para a importância de investir na criança, desde a concepção, gestação, parto, pós parto, até os primeiros anos. Investir em cuidado, respeito, atenção, amor, acolhimento, garantia de direitos. A educação especial deve engajar-se profundamente neste movimento”.
      Após a exibição do filme, as profissionais Maria Helena Cruz de Moraes (Psicóloga, Presidente do Instituto Pais e Bebês), Márcia Gomes da Silva (Médica pediatra)com mediação de Geovana Régis (Fisioterapeuta, materno infantil), trarão suas contribuições e responderão dúvidas a respeito do filme e do tema.

Para toda a comunidade:


Basta se Inscrever pelo endereço abaixo:


Dados gerais:
DATA: 10/06/2016 (SEXTA FEIRA) HORÁRIO: 14 HORAS
LOCAL: AUDITÓRIO DA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL – RUA PAULINO PEDRO HERMES, Nº 2785 – BAIRRO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO – SÃO JOSÉ – SC




Sinopse:
O começo da vida é um documentário que nos mostra a importância dos primeiros anos da vida da criança. Dirigido por Estela Renner e produzido pela Maria Farinha Filmes, o documentário foi filmado em nove países. Estela entrevista especialistas no desenvolvimento infantil e visita famílias das mais diversas culturas, etnias e classes sociais, para descobrir que proporcionar um ambiente com amor e segurança para as crianças nessa fase é o maior investimento que se pode fazer na humanidade.
Duração do documentário: 90 minutos
Duração do debate: 40 a 60 minutos.